sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

FELINTO ELÍSIO DE OLIVEIRA AZEVEDO


FELINTO ELÍSIO DE OLIVEIRA AZEVEDO

JOSÉ OZILDO DOS SANTOS

F
oi uma das maiores expressões políticas do Seridó potiguar. Homem íntegro, dedicado à causa pública, Felinto Elísio nasceu a 29 de novembro de 1852, na Fazenda ‘Sombrio’, município de Jardim do Seridó. Filho do casal Manoel Ildefonso de Oliveira Azevedo e Teresa Florindo de Jesus, pelo lado paterno, era bisneto do Antônio de Azevedo Maio, patriarca da família Azevedo, na região e fundador da fazenda ‘Conceição’, núcleo inicial da cidade de Jardim do Seridó.


FELINTO ELÍSIO, NA JUVENTUDE


Iniciou sua carreira política aos dezoito anos de idade, assumindo a chefia do Partido Conservador no município de Jardim do Seridó, em substituição ao seu pai, que transferiu-se para a cidade paraibana de Campina Grande, com porte da família. Eleito membro do Conselho da Intendência (1877-1884), administrou o município de Jardim do Seridó, de 1878 a 1880, em substituição ao Padre João Avelino de Albuquerque Silva.
Prestigiado em seu partido, elegeu-se, deputado provincial por duas legislaturas. E, proclamada a República, assumiu a chefia política do município de Jardim do Seridó, de cuja liderança somente foi destituído pela Revolução de 1930. Membro do Conselho da Intendência Municipal, administrou sua cidade natal, nos períodos de 1894-1896, 1905-1907, 1908- 1910, 1911- 1913 e 1914­-1916, quando passou o cargo ao Dr. Heráclito Pires Fernandes, seu amigo e correligionário.


FELINTO ELÍSIO, NA VELHICE

Eleito deputado estadual por várias legislaturas, presidiu a Assembléia Legislativa Estadual e na condição de Vice-Governador, o Coronel Felinto Elísio administrou interinamente o Rio Grande do Norte, por duas vezes. E, até o presente, foi o único filho de Jardim de Seridó a governar seu Estado.
Em sua terra natal, Felinto Elísio ocupou as mais variadas funções públicas. Capitão da antiga Guarda Nacional (02-01-1877), foi distinguido com a patente de Coronel, por decreto datado de 23 de janeiro de 1893, assinado pelo Marechal Floriano Peixoto, Vice-Presidente da República, em exercício.
Homem de grande cultura jurídica, ocupou o cargo de Promotor Público da Comarca de Jardim do Seridó, no período de 1886 a 1890. Registra Antídio de Azevedo, que o Coronel Felinto Elísio quando moço, “era tido como um dos rapazes mais elegantes de sua terra” e “era um homem que lia multo, tendo um vasto conhecimento na atualidade de então. Tinha uma agradável palestra e de palavras fáceis, porém, gago. Tomou-se, portanto, um homem ilustre, considerado grande sabedor da história política da Província e do Estado”.



FAZENDA SOMBRIO, ANTIGA PROPRIEDADE DE FELINTO ELÍSIO, EM 1923

Figura das mais ilustres da política norte-riograndense durante a Primeira República, Felinto Elísio foi uma das vítimas da onda de violência, levada a cargo pelo Governo Mário Câmara, no Estado. Em 1935, numa visível demonstração de abuso de autoridade e poder, o delegado Francisco Efraim, a serviço do ódio partidário, invadiu a residência do velho patriarca, na fazenda ‘Sombrio’, espancando-o e prendendo-o, simplesmente pelo de ser um dos opositores ao Governo Estadual, naquele município.
Iniciado o processo de reconstitucionalização do país, filiou-se as hastes do Partido Popular, fundado e dirigido no Estado por José Augusto e, em seu município, contribuiu fortemente para a vitória dos candidatos populares à Assembléia Estadual Constituinte (1935), responsável pela eleição do sucessor do Interventor Mário Câmara.
Durante mais de meio século, o Coronel Felinto Elísio fez política e foi um autêntico representante de seu povo. Em Jardim do Seridó, onde viveu toda a sua vida, possuía grandes laços de amizade e gozava da mais alta estima por parte de seus conterrâneos, que, ouviam sua palavra, acatavam e seguiam seus conselhos. Na condição de homem público, “participou como elemento de conselho e decisão de todos fotos relevantes da vida política da tetra potiguar”.
Casado em primeiras núpcias com a senhora Noenísia Amélia Cunha de Azevedo, enviuvando, contraiu novo matrimônio com Verônica Cunha de Azevedo, irmã de sua falecida esposa. De ambas uniões, nasceram 16 filhos.
Administrador probo, realizou em Jardim do Seridó grandes obras, voltadas para o melhoramento das condições de vida de seus munícipes. Herdeiro natural das tradições seridoenses, Felinto Elísio de Oliveira Azevedo faleceu no dia 11 de abril de 1944, aos 92 anos de idade, mas inteiramente lúcido. Seu corpo, acompanhado por uma grande multidão, foi conduzido e sepultado no Cemitério Público de Jardim do Seridó, de cuja cidade, foi um de seus mais ilustres filhos.
FONTE – CONSTRUINDO A HISTÓRIA

FELINTO ELISIO DE OLIVEIRA AZEVEDO



Felinto Elísio, nascido em 29 de novembro de 1852 e faleceu em 1944.filho do tenente coronel Jesuino Idefonso de Azevedo, casado com Anisia de Azevedo Pires. Foi  um dos mais importantes patriarcas do Rio Grande do Norte, descendente dos pioneiros do Seridó, dos Azevedo Maia e Dantas Correia, troncos de uma enorme e rica árvore genealógica. Boa parte da história do nosso Estado está em suas raízes e se abriga em suas sombras. Criadores de boi, agricultores, plantadores de algodão, chefes políticos, administradores, fundadores de cidades e construtores de igreja, comerciantes, industriais, jornalistas, poetas, profissionais liberais, líderes. Um dos mais ilustres deles foi Felinto Elísio de Oliveira Azevedo. Entrou na política aos 18 anos, ainda no império, sucedendo ao pai, coronel Manoel Idelfonso de Oliveira Azevedo, que lhe entregou o comando do Partido Conservador. Isso foi coisa de 1870. Exerceu essa liderança por 73 anos. Foi deputado provincial na Monarquia, em dois mandatos, e deputado estadual na República por sete mandatos. Presidiu a Assembléia Legislativa do Estado e nessa condição, por duas vezes, exerceu, na interinidade, o Governo do Estado. Numa dessas vezes, recebeu aqui a visita oficial do Presidente da Republica, Arthur Bernardes. Max cita Câmara Cascudo, que fez o perfil de Felinto no seu centenário: “Evoco-o com sua calça inglesa, colete de traspasso, a clássica sobrecasaca impecável, tomando posse no Governo do Estado”.

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